Este povo nunca teve um Estado independente e foi sempre uma minoria nos países de residência. E, apesar de manter boas relações de vizinhança com os povos ao lado dos quais viveu e ainda vive, a língua e a cultura arromenas correm o risco de se extinguirem. Uma das razões é a mestiçagem, pelo casamento com membros de etnias diferentes, e outro motivo é o uso frequente da língua e cultura do país de residência.
Curiosidades
Os arromenos também são chamados mácedo-romenos e valáquios.
O seu idioma é o mácedo-romeno e pertence às línguas românicas. Não possui um alfabeto padronizado e há poucos livros. O texto arromeno mais antigo foi encontrado na Albânia e data de 1731.
As opiniões divergem acerca das suas origens. A mais consensual refere que são fruto da colonização da península dos Balcãs pelo Império Romano, iniciada no século iii antes de Cristo. São o resultado do cruzamento de legionários romanos com povos ilírios indo-europeus que se instalaram na região por volta do ano 1000 a. C.
Tradicionalmente, dedicam-se sobretudo à pastorícia e ao comércio. Hoje em dia, são poucos os arromenos nómadas. Estes concentram-se todos os verões nas suas aldeias nas montanhas, que, no resto do ano, permanecem quase desabitadas.
A culinária arromena absorveu muitos elementos do Médio Oriente, porque a região esteve sob domínio turco durante cinco séculos. Todavia, ofereceu ao mundo um alimento típico, que costuma ser atribuído a outros povos: o pão pita, que é a base da sua alimentação. A este pão associam praticamente todas as matérias-primas alimentares, sejam vegetais, carnes, peixes ou laticínios.
O Museu Folclórico dos Valáquios, na Grécia, conserva a sua herança cultural, de modo particular os trajes típicos dos acontecimentos significativos: nascimento, infância, pastorícia e casamento; os jogos infantis; a comida; os utensílios.
A maioria pertence à Igreja Católica Ortodoxa.