Foram enterradas nesta quarta-feira, 4 de dezembro, mais 11 vítimas dos sucessivos massacres que acontecem na República Democrática do Congo (RDC). Os nove homens e duas mulheres, supostamente massacrados pelos rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF), foram sepultados hoje na vila de Orototo-pulupulu, em Kiking, na região de Watalinga.
Uma violência antiga e que não dá tréguas. Um problema que não se resolve nem mesmo com a presença das forças de paz das Nações Unidas.
Entre 2014 e 2017, já eram mais de 1000 mortos apenas em Beni e região. Tantos mortos que motivaram o documentário Beni Files, lançado em fevereiro de 2017. Em 2019, os mortos já passam de 2000. Mais de 100 pessoas mortas violentamente, muitas decapitadas, apenas no mês de novembro.
“Muitos são assassinados de forma bárbara, mesmo ao lado da sede das forças de paz das Nações Unidas (MONUSCO), que não reagem nem intervêm”, escreve o padre Claudino Gomes, missionário comboniano a trabalhar na região de Butembo/Beni.
“As marchas de protesto ocorrem em várias cidades e exigem a retirada das tropas da ONU ‘cúmplices inúteis, inertes, dos massacres’”, escreveu o missionário em mensagem enviada hoje.
BENI FILES - TRAILER FR 2017 from hetpeloton on Vimeo.
