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04 fevereiro 2020

Celebra-se um ano do documento sobre a fraternidade humana

Tempo de leitura: 2 min
A Declaração de Abu Dhabi foi assinada pelo Papa e pelo Grão Imame de Al-Azhar
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Assinala-se nesta terça-feira, 4 de fevereiro, o primeiro aniversário da Declaração de Abu Dhabi, histórico documento sobre a fraternidade humana em prol da paz mundial e da convivência comum, assinado pelo Papa Francisco e pelo Grão Imame de Al-Azhar.

O documento, anunciado como um forte convite a redescobrir-se irmãos e irmãs para promover juntos a justiça e a paz, garantindo os direitos humanos e a liberdade religiosa, também faz um apelo para pôr fim às guerras e condena os flagelos do terrorismo e da violência, especialmente os que têm motivos religiosos.

“A fé leva o crente a ver no outro um irmão a ser apoiado e amado”, lê-se no prefácio.

Em entrevista concedida ao jornal L’Osservatore Romano, o cardeal comboniano Miguel Ángel Ayuso Guixot, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, comentou o seguinte sobre a Declaração de Abu Dhabi:

“O facto de o líder da Igreja Católica e o líder da principal instituição académica sunita do Cairo terem assinado uma declaração conjunta de intenção, com o patrocínio do príncipe herdeiro de Abu Dhabi, constitui um marco no caminho do diálogo, sobretudo numa época caracterizada por extremismos e fundamentalismos de matriz religiosa. Trata-se de tempos difíceis e é necessário um percurso comum em direção à verdade, levando em consideração a identidade de quem dialoga, sem ambiguidade; porque quem reza e pensa de maneira diferente nunca pode ser um inimigo”, refere.

O cardeal Ángel Guixot destaca que das sete viagens internacionais feitas pelo Papa em 2019, três tiveram passagem por países de minoria católica: Emirados Árabes Unidos em fevereiro, Marrocos em março, Tailândia e Japão em novembro.

“Viagens de fraternidade”, define o missionário comboniano espanhol, com referência ao magistério itinerante do Papa. O agora cardeal Ángel Guixot, participou nas três viagens como uma testemunha privilegiada, participando na comitiva papal primeiro como bispo e depois como cardeal já em outubro.

No próximo sábado, 8 de fevereiro, o cardeal Ángel Guixot tomará posse da Diaconia de São Jerónimo da Caridade, em Roma.

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