“As pessoas estão a ser massacradas regularmente por terroristas, que agora parecem ter os cristãos como alvo”, refere Dom Paulinus Chukwuemeka Ezeokafor, bispo de Awka, província de Anambra, no sul da Nigéria.
O crime de sequestro tem-se multiplicado na Nigéria. Em 2019, onze sacerdotes foram vítimas. A motivação principal é a extorsão.
No dia 8 de janeiro de 2020, quatro alunos do Seminário Maior do Bom Pastor foram sequestrados na região de Kaduna. Após alguns dias, um dos seminaristas foi assassinado e os outros três libertados. Na passada semana, um sacerdote foi sequestrado. O padre Nicholas Oboh, pertence à diocese de Uromi, no estado sul-oriental de Edo.
Outros expoentes religiosos já denunciaram a grave situação de insegurança que se vive na Nigéria.
No funeral do seminarista assassinado, o bispo de Sokoto, Dom Matthew Hassan Kukah, fez um discurso severo contra o presidente Muhammadu Buhari, eleito com a promessa de restaurar a segurança no país. Dom Kukah contestou não apenas a insegurança que reina na Nigéria, mas também as políticas que aprofundaram as divisões étnicas e religiosas entre o norte e o sul.