Ler a biografia do Papa Francisco, escrita pela sua própria mão, depois do fim da sua peregrinação terrena, torna-se ainda mais impactante e profundo para o leitor. Mergulhar em cada página é ter a oportunidade de nos reencontrarmos com a humildade e a inteireza de Francisco, recordando a sua forma de viver coerente e a par com os mais bonitos valores humanos e cristãos.
A autobiografia de Francisco (como quis ser lembrado) intitula-se Esperança e apresenta-se-nos como um testemunho vivo da sua história e da história de superação e fé da sua família, reportando-se, também, aos momentos que antecedem o seu nascimento, mas que tanto moldariam a sua forma de estar e de ser.
Através de uma escrita poética, simples, humana e fervorosa, somos convidados a recuar no tempo e a conhecer as dificuldades da família Bergoglio, com os desafios trazidos pela emigração, pela guerra e pela pobreza.
Conhecemos a relevância dos relatos de guerra do seu avô Giovanni, profundamente marcado pelo que viveu e a forma como essas memórias contadas tiveram impacto no próprio Francisco e a sua visão sobre a importância de construir a paz.
Somos levados pela mão do autor a revisitar a memória da sua querida avó Rosa e compreendemos que a sua fé em Nossa Senhora deixaria marcas de amor profundas na alma do neto Francisco, que também viria a construir dentro do seu coração um altar de amor para Maria. Compreendemos, ainda, a sua demanda pela defesa dos refugiados e marginalizados uma vez que também ele e a sua família pertenceram a um grupo de deslocados.
A recordação e a memória dos amigos muçulmanos com quem brincava trouxeram-lhe também a necessidade de um maior entendimento e compreensão inter-religiosos. A verdade é que Francisco experimentou na pele, e com a sua própria vida, os desafios que actualmente tantos e tantas são forçados a viver e a experimentar. É talvez essa proximidade com a realidade dos mais pobres que o levava a ser um papa capaz de rasgar os véus do presente e do futuro, empreendendo um bom e pacífico combate a favor de uma humanidade mais plena e fraterna.
A obra a que nos referimos é uma vela acesa que nos relembra da nossa própria luz e que nos traz a humanidade, a bondade, a perseverança e a ternura de Francisco. O seu legado evidencia-se neste livro de uma forma comovente e belíssima, tornando indispensável a leitura destas páginas. Ao compartilhar aspectos tão relevantes da sua vida e da sua juventude, Francisco leva-nos pela mão nesta viagem literária absolutamente inesquecível. (Marta Arrais)
Autor: Papa Francisco
Editora: Nascente
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Austen Ivereigh parte das reflexões do Papa Francisco em encontros, discursos e documentos e dos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola, para propor nesta obra um cativante guia espiritual. Concebido como um retiro de oito dias, a viver em grupo ou individualmente, o autor centra-se nas três formas fundamentais de pertença: a Deus, à criação e aos outros.
Autor: Austen Ivereigh
Editora: Paulinas
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Neste livro, Paul Richardson, professor de Geografia na Universidade de Birmingham, no Reino Unido, desafia os argumentos mais popularizados sobre o determinismo geográfico, apresentando oito mitos enraizados na nossa consciência e revelando como têm um papel fundamental na maneira como compreendermos o mundo e a geografia.
Autor: Paul Richardson
Editora: Casa das Letras
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