Quase mil milhões de pessoas saíram da pobreza nos últimos vinte e cinco anos, em reflexo da liderança política, do desenvolvimento económico inclusivo e da cooperação internacional. Ainda assim, na actualidade, mais de 800 milhões de pessoas vivem em pobreza extrema no mundo. Muitas vivem em situações de conflito e crise, sofrendo efeitos do desemprego, da insegurança, da desigualdade e das consequências das alterações climáticas. Encontram barreiras no acesso à saúde, à educação e a oportunidades de emprego, o que as impede de beneficiarem de desenvolvimento económico mais amplo. As mulheres são afectadas de forma desproporcional por essas circunstâncias.
Os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 2015-2030 prevêem erradicar a pobreza em todas as suas formas e dimensões, o que «ainda é um dos maiores desafios globais e uma prioridade das Nações Unidas», concede o secretário-geral das Nações Unidas, que lembra que «acabar com a pobreza não é uma questão de caridade, mas de justiça», já que há uma conexão fundamental entre erradicar a pobreza extrema e sustentar os direitos iguais de todas as pessoas. António Guterres defende «uma globalização justa com oportunidades para todas as pessoas, que garanta o rápido desenvolvimento tecnológico e impulsione os esforços de erradicação da pobreza». O desafio é assegurar um planeta mais saudável e construir sociedades pacíficas e inclusivas para assegurar vidas dignas para todos.