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19 julho 2020

Cuidar das crianças

Tempo de leitura: 6 min
A crise originada pela pandemia está a ter um impacto social e económico global. Para milhões de crianças, isso pode significar a morte, o desenvolvimento de doenças, a interrupção na educação e a entrada no mundo do trabalho.
Bernardino Frutuoso
Director
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Nas duas últimas décadas, houve avanços na luta contra o trabalho infantil e 94 milhões de crianças deixaram essa condição (eram 246 milhões no ano 2000). Uma conquista que a crise da covid-19 ameaça, obrigando milhões de crianças vulneráveis a trabalhar. Esse é o alerta que fazem a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no estudo conjunto intitulado A Covid-19 e o trabalho infantil: num tempo de crise, é tempo de agir.

A crise actual pode «causar estragos no rendimento familiar e, sem apoio, muitas famílias podem recorrer ao trabalho dos filhos», explica o director-geral da OIT, Guy Ryder. «As crianças que já eram obrigadas a trabalhar correm o risco de trabalhar mais horas ou em piores condições» e, além disso, «muitas delas podem ser forçadas às piores formas de trabalho infantil, o que provoca danos significativos para a sua saúde e segurança», afirmou o responsável da OIT.

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