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07 dezembro 2020

O retorno da democracia

Tempo de leitura: 15 min
Para a Bolívia, o último ano foi vivido perigosamente. O pequeno país andino passou do golpe de Novembro de 2019 ao regresso à democracia em Outubro de 2020. Um período muito difícil do ponto de vista político e social, também complicado pela presença da pandemia.
Paolo Moiola
Jornalista
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Não será fácil governar a Bolívia. Subsistem sérias divisões e sérios problemas. E, contudo, pelo menos por agora, os Bolivianos conseguiram: depois de um golpe e um ano de governo de transição, o país andino optou por regressar à democracia por meio de um processo eleitoral livre, pacífico e muito participado.

Não obstante a tensão difusa e as dificuldades impostas pela pandemia, as eleições de 18 de Outubro passado registaram uma grande participação, de 87% dos eleitores. O resultado foi claro: Luis Arce Catacora, candidato do Mas-IPSP (Movimiento al Socialismo – Instrumento por la Soberanía de los Pueblos), venceu com 55,1% dos votos, com uma vantagem abismal em relação a Carlos Mesa, da Comunidade Ciudadana (28,83%) e a Luis Fernando Camacho, do Creemos (14%). Os presidentes de facto, Jeanine Áñez e Carlos Mesa, reconheceram de imediato a vitória de Arce e do Mas. O mesmo não aconteceu com Camacho, o líder da extrema-direita separatista. É fácil prever que, para o novo presidente e seu governo, os maiores problemas virão deste último.

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