A guerra civil que Angola viveu desde a sua independência de Portugal em 1975 terminou em 2002. Durante décadas, o país esteve fechado ao mundo e só em 2014 é que foram emitidos os primeiros vistos turísticos. A vontade política e o potencial do país são optimistas, mas levará tempo até que se torne uma opção turística atractiva. As lacunas estruturais e a polarização política não ajudam, mas o obstáculo fundamental que trava o desenvolvimento do turismo é a crise socioeconómica do país, que multiplica o número de angolanos que vivem abaixo do limiar da pobreza.
Nos últimos meses, porém, o Governo acelerou as medidas de promoção deste «petróleo verde», na esperança de que possa dar um impulso à economia do país, que se encontra em dificuldades. Em 1 de Outubro do ano passado, entrou em vigor o Decreto Presidencial 189/23, que dispensa de visto os cidadãos de 98 países, que podem entrar livremente no país por um período máximo de 30 dias de cada vez e um total de 90 dias por ano. Esta é uma medida que tem como objectivo dinamizar as visitas turísticas, uma vez que se mantém a obrigatoriedade de visto para todos os pedidos de residência temporária. Angola, com uma área de 1 246 700 km2, tem apenas 35 milhões de habitantes [28,07 habitantes/km2].