Quando o botânico e viajante francês Charles Plumier (1646-1704) encontrou, no que é hoje a República Dominicana, certa planta, não hesitou em dar-lhe o nome de Fuchsia triphylla, cuja flor cor-de-rosa intenso veio a dar nome a essa cor específica, fúcsia ou fúchsia. Era, ao mesmo tempo, uma homenagem a outro colega, o botânico e médico alemão Leonhart Fuchs (1501-1566), considerado um dos pais da botânica moderna e da farmacognosia, o ramo da farmacologia que estuda as substâncias naturais com propriedades terapêuticas. Fuchs foi o autor da obra De historia stirpium, ricamente ilustrada e na qual classificava 500 espécies de plantas segundo as suas características e expunha as suas propriedades curativas. Obra que, volvidos quase quinhentos anos (!), voltou agora a ser publicada pela editora Taschen com o título The New Herbal. Quando viu a luz do dia, em 1542, ainda só tinham passado escassos cinquenta anos do descobrimento da América.
