Ainda há escassos meses a frequentar o curso de Artes, já adquiri uma série de lições de um momento para o outro, tal uma perceção súbita quando nos deparamos com certas situações. A primeira delas é a importância da arte mesmo para quem está afastado deste campo. Seja qual for a perspetiva por que se veja, a arte é essencial ao ser humano, e está presente na História da humanidade desde os tempos mais remotos. Desde, pelo menos, o homem das cavernas, com a sua arte rupestre _ com a pintura, ainda hoje espantosa, das paredes das cavernas. É, por isso, uma necessidade de expressão e desenvolvimento do ser humano _ e certamente uma forma de nos aproximarmos de Deus. Da mais imponente catedral à mais modesta capela, a arte está lá como mediação entre o humano e o divino.
Não deixa de ser curioso, no entanto, que um artista verá na obra de arte que produz aquilo que outras pessoas não veem, por vezes nem que lho apontem e expliquem. Isto não significa, no entanto, que o leigo _ o não-artista, digamos _ não deva envolver-se nas mais diversas expressões artísticas, na arte em geral, e aí estão, multisseculares, as igrejas a provarem-no. A arte, que começa por ser uma atividade mental, aproxima-nos de Deus e dos homens.
