Quando Daniel Comboni atingiu a idade de estudar, foi para a escola. E como ele tinha muitos talentos, os pais inscreveram-no numa escola especial, que acolhia as crianças pobres. Esta ficava em Verona, uma cidade a quase cem quilómetros de distância da casa da família, em Limone sul Garda. Quando Daniel se apresentou à porta da nova escola, foi recebido pelo próprio diretor, o padre Nicolau Mazza.
Daniel gostava muito de aprender. Também passava muito tempo na biblioteca da escola. Uma vez, encontrou um livro invulgar. Chamava-se Mártires do Japão. Ao ler o livro sentiu o desejo de ser missionário e ir para o Japão, onde, no início do século XVII, mais de duzentos cristãos tinham sido mortos como mártires – pessoas que amam tanto Deus que estão mesmo dispostas a dar a vida por Ele. Esta informação tocou tanto o coração de Daniel, que sonhava ser missionário no Japão e até mártir pela fé, se fosse preciso.
Um dia, o padre Nicolau convidou o padre Ângelo, que acabara de regressar de África, para ir à escola. Falou às crianças do seu trabalho missionário e de como viviam os africanos. Os alunos ouviram a sua história com a respiração suspensa. Foi nesse dia que Daniel descobriu que o Senhor Deus o estava a convidar para ser missionário em África.
