Sala de convívio
20 agosto 2025

O papa que nos levantou, Diário da Bia

Tempo de leitura: 1 min
Vai fazer três meses que partiu o Papa Francisco. Foi um papa diferente, que não tinha medo de sair do palácio, de estar com as pessoas, de falar de coisas difíceis. Muitos disseram que era moderno, mas ele apenas tentou viver como Jesus: com simplicidade, coragem e amor.
Beatriz Guégués
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Francisco mostrou que a fé não é para acusar, mas para cuidar. Lembrou que a Igreja não pode fechar os olhos a quem sofre: os pobres, os esquecidos, os doentes, os que fogem da guerra. Falou do ambiente, da paz e da importância de cuidarmos do mundo.

Era argentino, jesuíta e filho de imigrantes. Desde o início deu o exemplo com gestos: lavou os pés a reclusos, a mulheres, a pessoas de outras religiões. Acolheu refugiados, visitou bairros pobres e abraçou os que muitos evitam. Não queria ser tratado como um rei. Usava sapatos simples e vivia num quarto pequeno. Dizia que o papa deve ser pastor e caminhar com o povo, não acima dele. A sua força vinha da oração e do coração grande.

Falava com palavras bonitas, mas simples, mas o mais importante foi a forma como viveu. Como disse: só devemos olhar alguém de cima para baixo quando é para o ajudar a levantar-se. E ele fez isso muitas vezes, com ternura. Que nos lembremos de ser bons uns para os outros, de não julgar, de perdoar e de cuidar da Terra. Francisco ensinou-nos que ser cristão é amar de verdade. Que descanse em paz — e o seu exemplo continue vivo em nós. Como dizia aos jovens: «Fazei barulho! Onde há jovens, deve haver barulho!» Ele ouvia a juventude — e acreditava nela.

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EDIÇÃO
Julho e Agosto 2025 - nº 642
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