
Aqui na Ericeira há um café onde eu estou todos os dias. Está sempre cheio de estrangeiros, e eu aproveito para falar com eles, falar-lhes daquele café (é o mais antigo aqui da vila), do que eles devem ver na Ericeira
— a história de muitos lugares. Sou assim uma espécie de guia turística sem sair do mesmo lugar. E, depois, a dona — minha amiga há uma data de anos — acaba sempre por lhes falar de mim, que sou escritora, etc.
Normalmente, as pessoas entusiasmam-se. Ficamos para ali a falar dos livros que escrevo, de que é que tratam, se estão traduzidos ou não.
