Ao olhar para uma das árvores do pátio da escola, lembrei-me das palavras de S. Bernardo de Claraval (1090-1153): «Aprendemos mais coisas na floresta do que nos livros; as árvores e os rochedos ensinar-vos-ão coisas que não conseguiríeis ouvir noutro lugar.» Um século antes de S. Francisco de Assis, já este abade e doutor da Igreja apelava ao apreço e respeito por toda a Natureza.
Hoje, esta necessidade de cuidar dela voltou a ser tema de discussão e, sobretudo, de mudança de atitudes. Este regresso à Natureza partiu de um ponto diferente daquele que S. Bernardo e S. Francisco partiram. Estes mestres da Idade Média viam a Criação como um todo, em que cada um dos seus elementos, humanos, animais ou plantas, tinham em comum o mesmo Criador e daí o respeito e admiração por cada ser. Atualmente, este olhar a Natureza com preocupação de a preservar partiu das consequências desastrosas que o comportamento egoísta e materialista do ser humano tem provocado no meio ambiente e, consequentemente, em si próprio.