«Através dos instrumentos da InSight, detectaram-se 174 sismos até 30 de Setembro de 2019 e muitos eram pequenos sismos. Verificou-se que 24 deles tinham uma magnitude entre os três e quatro graus. “Detectámos sinais de martemotos com menos de dois e mais de quatro”, indica Bruce Banerdt, clarificando que a escala usada em Marte é semelhante à da Terra» («Os “martemotos” mostram-nos que Marte é geologicamente activo», Teresa Sofia Serafim, Público, 25.02.2020, p. 36).
A jornalista limitou-se a traduzir o que se lê na imprensa em língua inglesa: marsquake. Na verdade, não precisamos de tal palavra, decalcada de «terramoto». Agora imaginem quando se descobrirem iguais características noutros planetas... Não, o caminho não é esse, mas sim criar neologismos semânticos, isto é, atribuir novas aceções a uma palavra já existente. Também quando o Homem pousou na Lua, na já longínqua década de 1960, alguns lunáticos julgaram necessário criar uma palavra específica: alunar, pousar na Lua. E ainda hoje temos nos dicionários «alunar» e «alunagem», mas são pouco usadas.
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