Sala de convívio
18 abril 2021

Empatia

Tempo de leitura: 1 min
Sou empática quando sou capaz de entrar em comunhão com outra pessoa.
Margarida Leal
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Estava a conversar com uma amiga e usei o termo «empatia». Surpreendi-me quando ela me questionou acerca do significado da palavra, e perguntei-lhe se sabia o que era uma pessoa antipática. Ela sabia.

Este diálogo fez-me pensar sobre o que somos dia a dia, e que isso reflete diretamente os nossos conhecimentos. Conheço três palavras formadas com prefixos ao termo «patia»: sim-patia, em-patia, anti-patia. Quando é mais espontâneo o vocábulo com conotação negativa do que os vocábulos com significado positivo, pode revelar a nossa eterna concentração na negatividade das coisas que nos rodeiam. E reflito como, principalmente em momentos difíceis, nos quais é tão importante sermos empáticos, somos tantas vezes antipáticos.

Sou empática quando sou capaz de entrar em comunhão com outra pessoa, imaginando-me no lugar dela, como se estivesse na mesma situação. Com esta habilidade, não julgo imediatamente aquilo que alguém faz ou sente, mas procuro compreender o motivo que a faz agir dessa maneira. Contudo, como nunca posso saber exatamente o que se passa na vida ou na mente das outras pessoas, é muito importante ser generosa no afeto mesmo com quem não conheço.

Para ser empática, não preciso de simpatizar com a pessoa. É uma questão de a tratar com respeito. É, por exemplo, sorrir a alguém anónimo que, com ar triste ou preocupado, se cruza comigo na rua. E é, claro, conversar com um(a) amigo(a) que sei estar a passar por um momento difícil.

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EDIÇÃO
Abril 2024 - nº 627
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