O senhor ambiente… está muito doente.
Foi parar ao hospital, por o tratarem mal.
Tempestades, chuvas ácidas, eram feridas mortais!
Furacões, derrocadas, eram viroses tão fatais.
Em estado febril estava o Senhor Ambiente,
Gemia e queixava-se, este nosso paciente.
Desertificação, degelos e secas
Deixaram-no tão debilitado
Assim doente nada podia fazer
Estava muito magoado.
Mas o Senhor Ambiente tinha muitas esperanças
Que os enfermeiros do futuro
Fizessem grandes mudanças.
Esses pequenos enfermeiros
Empenharam-se em andanças
Querem saber quem são?
São as nossas crianças!
Lúcia D. Castro (Maia)
Era uma vez uma bola…
… chamada globo terrestre. Nela viviam animais e plantas, que eram muito felizes. Esses seres eram protegidos por um grande sábio que ocupava todo o planeta. Chamava-se Camada do Ozono.
Um dia, apareceu um ser muito estranho. Todos viram que era uma ameaça, porque deixava um rasto de poluição e ninguém conseguia respirar aquele ar, e começou a destruir a Camada do Ozono. Então, pelas grandes florestas já só se encontravam animais mortos, porque não tinham o seu protetor. Mais tarde, veio a descobrir-se que esse ser se chamava Homem. Estava a ocupar todo o planeta, e ninguém conseguia detê-lo.
Um dia, esse ser descobriu que já não teria o que comer, porque exterminava. Caiu em si, percebeu que, para os animais não morrerem, tinha de poupar a Camada do Ozono, e foi o que fez.
João Oliveira (Evoramonte)
Carta da terra
Querido filhinho! Com que encanto vejo que te preocupas comigo. Ah! Se soubesses como és querido para mim. Não imaginas como gosto de ti... tudo em mim é especialmente dirigido a ti, tudo a pensar em ti. Tudo o que sou, tudo o que tenho... tudo é para ti. Tudo são mistérios que te fascinam. Ah! E quando atentas para reparar no que coloco ao teu redor... se soubesses o que me esforço para te dar o mais belo de tudo o que tenho.
E como me agradas ao saudares-me com um belo sorriso pela manhã – encho logo o teu dia de luz, todas as flores sorriem para ti, todos os meus passarinhos cantam odes a ti. Como me agradas! Tudo o que é feito em mim é a pensar em ti. Cada graciosa pétala, cada delicada folhinha, todos os átomos... tudo faço com a maior das alegrias, o maior dos cuidados por ser feito para ti.
Mas o mais belo que tenho, o que mais me agrada, o que me comove profundamente... – ah! –, isso tu não podes ver. Eu tento mostrar-to tantas vezes... Mas nem sempre te apercebes disso. O que mais me agrada é tudo o que tens dentro de ti. Como me maravilho ao olhar o que és por dentro. Isso agrada-me ainda mais porque sou só eu quem pode ver isso. E quando esse tu tão belo se revela no silêncio e ninguém se apercebe o como és belo... como me regozijo na tua majestade. És tão bonito quando não o sabes.
Com o maior dos carinhos, o carinho de mãe, beijinhos da Terra, a mãe,
Karen S. Duarte (Ilha PBL)