Os primeiros habitantes do território da República do Azerbaijão pertenciam a tribos originárias da região onde se situa a Albânia. Vários impérios ocuparam a área. O mais recente foi o soviético. A definição das fronteiras em 1918 fez com que os azerbaijanos se distribuam pela sua nação, em que são cerca de oito milhões, e pelo vizinho Irão, onde são o segundo maior grupo étnico, com 23 milhões de membros.
Curiosidades
O Azerbaijão recebeu o nome de Atropates, governador persa do século IV antes de Cristo. É a forma arabizada de azarbaijan, que significa «a terra de Aturpates».
A língua azeri pertence ao ramo iraniano das línguas indo-europeias.
A região teve um rei cristão no século IV e o Cristianismo foi religião oficial até ao século VII. Terminou no ano 667, com a conquista dos árabes muçulmanos.
Os azerbaijanos fazem parte da grande família dos povos turcos. A sua identidade histórica e cultural foi narrada em poemas épicos. O mais antigo é o Livro de Dede Korkut. São doze histórias, escritas já no período de domínio árabe, sobre a língua, o estilo de vida, as religiões, as tradições e as normas sociais.
Um elemento da sua cultura que se destaca é o ritual do chá. É quase sagrado. Faz lembrar o cerimonial da corte nos tempos medievais.
A principal característica deste povo é a tolerância. São muçulmanos xiitas, mas tratam os sunitas como irmãos. Mantém boas relações com os judeus de Israel, o que é inédito no mundo islâmico. Outra virtude é a hospitalidade. São simpáticos, generosos, afáveis.
Foi das primeiras nações do mundo a dar às mulheres o direito de voto – em 1918 –, e a primeira islâmica. As mulheres ocupam altos cargos no governo e servem nas forças armadas.
O petróleo é a principal fonte de riqueza do país. Financiou a elegante arquitetura nacional e, sobretudo, de Bacu, a capital. Há spas na região centro que oferecem banhos em petróleo bruto.
Os azerbaijanos retiram o melhor do que caracteriza a sua História: a influência das religiões animista, cristã, judaica e islâmica e das mentalidades ocidentais e soviéticas. Tudo combinado reflete-se na comida e nas artes, como a tecelagem de tapetes e a música.
_________________________________________
Nestes tempos da covid-19, pedem-nos que fiquemos em casa para nos protegermos, cuidar de nós e dos nossos e ser solidários com a comunidade. Os Missionários Combonianos e as revistas Além-Mar e Audácia querem contribuir para que passes este período da melhor forma possível e, por isso, enquanto durar a quarentena, decidimos tornar de leitura livre todos os conteúdos das nossas publicações missionárias.