É a segunda temporada das «primaveras árabes» de 2011 ou a continuação da luta pela independência de 1954-1962? Rachid Tlemçani, um dos mais notáveis académicos argelinos, escusa-se a classificar a revolta popular que obrigou Abdelaziz Bouteflika a renunciar a um quinto mandato depois de vinte anos na presidência.
«Não tenho tempo para me envolver em definições», responde, em entrevista à Além-Mar, o professor de Ciência Política na Universidade de Argel. «O que está a acontecer é uma nova fase de um movimento social. É o acumular de lutas passadas que moldaram o país. É um movimento de massas que chegou à fase da maturação.»