Assinalamos, no dia 4 deste mês, o Dia Internacional da Fraternidade Humana. Este dia, instituído pela ONU em 2020, foi inspirado nos valores da compaixão e da solidariedade presentes num documento assinado pelo Papa Francisco e o Xeque Ahmad Al-Tayyeb, um ano antes, chamado Documento da Fraternidade Humana para a Paz e Coexistência Mundial. Este documento apela à paz mundial e à convivência comum.
Podemos definir fraternidade como o amor ao próximo ou viver com os outros como irmãos, criados pelo mesmo Deus Criador. O Papa Francisco diz «ou somos irmãos ou tudo desaba». Ou seja, ou nos comportamos como irmãos, protegendo, acolhendo e ajudando o próximo, ou o mundo será um lugar triste, com guerras, fome, pobreza e desigualdade.
Infelizmente, olhamos em redor e nem sempre é fácil encontrar sinais de fraternidade num mundo cheio de conflitos, injustiças e sofrimento. No entanto, esses sinais existem.
Atento às necessidades do próximo
Um rapaz da Argentina, chamado Leonardo Niconor, de 12 anos, é um exemplo de fraternidade. Leonardo vive com a avó num bairro pobre. Em 2014, começou por ajudar os jovens da sua comunidade nos trabalhos de casa. Mais tarde, transformou o pátio da casa da avó numa modesta escola improvisada, com o nome de Patria y Unión. Nesta escola, Leonardo não só auxilia com os TPC, mas ajuda também adultos que querem aprender a ler e a escrever.
De manhã, o Leonardo vai à escola como um aluno normal e, à tarde, é ele o professor, ensinando, na sua escola, matemática, ciências e espanhol. O seu objetivo é promover a alfabetização e contribuir para o bem comum.
O Leonardo ensina-nos que não é preciso ter muitos recursos para fazer a diferença. Basta ter determinação e um coração atento às dificuldades do próximo e transformá-las numa missão. São gestos como o de Leonardo que celebram o Dia Internacional da Fraternidade Humana. São estes gestos que nos devem inspirar a descobrir como é que, com os nossos talentos, podemos ser a fraternidade que transforma o mundo. Inspira-te.
