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09 setembro 2019

Em Madagáscar, Papa defende o espírito de fraternidade

Tempo de leitura: 3 min
O crente estende a mão, como Jesus faz com ele
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Em homilia proferida durante a Santa Missa rezada em Madagáscar no domingo, 8 de setembro, o Papa Francisco disse que é preciso “deixar triunfar o espírito de fraternidade” para superar individualismos, a miséria e as ameaças à dignidade humana e à natureza.

“Se olharmos ao nosso redor, quantos homens e mulheres, jovens, crianças sofrem e estão literalmente privados de tudo! Isto não faz parte do plano de Deus. Como é urgente este convite de Jesus a morrer para os nossos confinamentos, os nossos orgulhosos individualismos, a fim de deixar triunfar o espírito de fraternidade – este dimana do lado aberto de Jesus Cristo, donde nascemos como família de Deus – e cada qual possa sentir-se amado, porque compreendido, aceite e valorizado na sua dignidade”, afirmou o Papa.

Nesse sentido, Francisco acrescentou que “perante a dignidade humana espezinhada, muitas vezes fica-se de braços cruzados ou então abanam-se os braços, impotentes diante da força obscura do mal. Mas o cristão não pode ficar de braços cruzados, indiferente, nem de braços a abanar, fatalista! Não... O crente estende a mão, como Jesus faz com ele”.

Madagáscar é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de 70 por cento da população a viver abaixo da linha da pobreza, com menos de um dólar por dia.

No domingo, o Papa também visitou a “Cidade da Amizade”, do projeto humanitário «Akamasoa», iniciativa do padre vicentino Pedro Opeka, que realojou populações de lixeiras a céu aberto.

Ao dirigir palavras de encorajamento às famílias de Akamasoa, Francisco referiu que a pobreza não é fatalidade e pode ser cântico de esperança.

“Cada recanto destes bairros, cada escola ou dispensário é um cântico de esperança que recusa e faz calar toda a fatalidade. Vamos dizer com força: a pobreza não é uma fatalidade”, disse.

O Santo Padre falou então da importância de realizar obras em benefício dos mais pobres e através do trabalho em comunidade, como aconteceu em Akamasoa. A aventura do P.e Pedro em fazer das famílias pobres os verdadeiros “protagonistas e artífices desta história”, criou uma rede de “educação para os valores”, disse o Papa, com a transmissão do “enorme tesouro do compromisso, disciplina, honestidade, respeito por si mesmo e pelos outros”.

A mensagem final do Papa aos jovens e ao futuro de Akamasoa foi pela luta contra a pobreza através do trabalho digno e da força da fé que geram esperança.

Nesta segunda-feira, 9 de setembro, o Papa Francisco faz uma visita-relâmpago à República da Maurícia, antes de regressar a Roma.

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