O padre Paul Béré, jesuíta nascido no Burkina Faso, é o primeiro africano a receber o Prémio Ratzinger, considerado o “Nobel” da Teologia.
O galardão é concedido pela Fundação Vaticana Joseph Ratzinger - Bento XVI - aos estudiosos que se destacaram, pela sua investigação científica, na área da Teologia.
Professor do Pontifício Instituto Bíblico de Roma, o padre Paul Béré recebeu o prémio por seu trabalho sobre a figura de Josué, que segundo ele é uma fonte de inspiração para a Igreja na África, especialmente em relação à transmissão de valores de uma geração para outra.
Juntamente com o sacerdote africano, também recebeu o Prémio Ratzinger o filósofo Charles Margrave Taylor, pensador católico canadiano.
“O dever da Teologia é permanecer em diálogo ativo com as culturas, mas é também uma condição necessária para a vitalidade da fé cristã e a missão de evangelização da Igreja”, afirmou Francisco durante a entrega do prémio.
“Nesta perspetiva, os nossos dois vencedores ofereceram uma contribuição significativa, que hoje reconhecemos com admiração e gratidão”, acrescentou.
Recordamos que outros dois jesuítas já haviam recebido o Prémio Ratzinger noutras ocasiões, respetivamente, o padre Brian Edward Daley (Estados Unidos), em 2012 e o padre Mário de França Miranda (Brasil), em 2015.