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12 abril 2019

Papa aos líderes sul-sudaneses: Procure o que une. Supere o que divide

Tempo de leitura: 2 min
Discurso do Papa no final do retiro espiritual pela paz no Sudão do Sul
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“Procure o que une. Supere o que divide”, mensagem foi escrita em Bíblias assinadas pelo Papa Francisco e entregues aos líderes do Sudão do Sul no final do retiro espiritual realizado no Vaticano.

No seu discurso, o Papa recordou todos aqueles que perderam seus entes queridos e seus lares, as famílias que foram separadas e nunca reunidas, todas as crianças e idosos, e as mulheres e homens que sofreram terrivelmente por conta dos conflitos e da violência – “conflitos que geraram tanta morte, fome, mágoa e lágrimas”.

“Muitas vezes penso nessas almas sofredoras e rezo para que os fogos da guerra finalmente desapareçam, para que possam voltar para suas casas e viver em serenidade”, referiu.

Frente a frente com os líderes sul-sudaneses, Francisco voltou a afirmar que a paz é possível: “Queridos irmãos e irmãs, a paz é possível. Eu nunca me cansarei de repetir isto: a paz é possível!”

“No entanto”, acrescentou o Santo Padre, “este grande dom de Deus é, ao mesmo tempo, um dever supremo da parte daqueles que têm responsabilidade pelo povo”.

“Nós, cristãos, acreditamos e sabemos que a paz é possível, porque Cristo ressuscitou. Ele superou o mal com o bem. Ele assegurou aos seus discípulos a vitória da paz sobre tudo o que alimenta as chamas da guerra: orgulho, ganância, o desejo de poder, interesse próprio, mentiras e hipocrisia”, indicou.

Francisco pediu então que “todos nós assumamos nosso elevado chamado para ser pacificadores”, e disse ter esperança no acordo de paz que foi assinado e felicitou os líderes “presentes e ausentes” por terem “escolhido o caminho do diálogo”.

“Exprimo a minha sincera esperança de que as hostilidades finalmente cessem, que o armistício seja respeitado - por favor, que o armistício seja respeitado - que as divisões políticas e étnicas sejam superadas e que haja uma paz duradoura para o bem comum de todos cidadãos que sonham em começar a construir a nação”, concluiu.

De seguida, o Papa Francisco ajoelhou e beijou os pés do Presidente Salva Kiir, e dos vice-Presidentes Riek Machar, Taban Deng Gai e Rebecca Nyandeng De Mabior.

 

 

 

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