Actualidades
08 janeiro 2020

Salvar os náufragos da indiferença e da desumanidade

Tempo de leitura: 2 min
Discurso do Papa Francisco na audiência geral
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“Peçamos ao Senhor que nos ajude a ser sensíveis aos tantos náufragos da história que chegam exaustos às nossas costas, para que também nós os saibamos acolher com o amor fraterno que vem do encontro com Jesus. É isso que os vai salvar da frieza da indiferença e da desumanidade”, disse o Papa no final da audiência geral desta quarta-feira, 8 de janeiro, no Vaticano.

A catequese de hoje foi sobre os Atos dos Apóstolos - 19. “Não haverá perda de vida humana entre vós” (At 27,22). A prova do naufrágio: entre a salvação de Deus e a hospitalidade dos malteses.

Aqui o resumo:

“Na parte final do livro dos Atos dos Apóstolos, vemos que o Evangelho continua a sua corrida não só por terra, mas também por mar; agora num barco, que leva Paulo, prisioneiro, de Cesareia para Roma. As condições da travessia são desfavoráveis e a viagem torna-se perigosa, tendo de atracar em Creta. Paulo aconselha a esperarem que a situação melhore, mas o centurião não lhe dá ouvidos e saem para o mar alto. Desencadeou-se, porém, um vento furibundo, que faz a tripulação perder o controle do barco e este fica à deriva. Quando já o desespero se apoderara de todos, Paulo intervém; mesmo na provação e apesar de não lhe terem dado ouvidos, não cessa de ser guardião da vida dos outros e animador da sua esperança. Homem de fé, sabe que Deus o quer em Roma, como aliás lho confirma um Anjo: «É necessário que compareças diante de César e, por isso, Deus concedeu-te a vida de todos quantos navegam contigo». Na verdade, aquela viagem por mar terminaria com o barco encalhado e completamente desfeito, mas os náufragos alcançariam, a nado, a ilha de Malta, onde beneficiaram da hospitalidade dos seus habitantes. Paulo ensina-nos a viver as provações abraçando-nos fortemente a Cristo, certos de que Deus pode atuar em qualquer circunstância, mesmo no meio de aparentes fracassos, e toda a pessoa que se entrega a Deus por amor, seguramente será fecunda”.

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