No seu último compromisso durante a visita apostólica à Bulgária, o Papa discursou para os expoentes de diferentes confissões religiosas e auspiciou: “com o fogo do amor, queremos derreter o gelo das guerras”.
“Nesta noite, estamos aqui a rezar diante destas tochas trazidas pelas nossas crianças. Simbolizam o fogo do amor que está aceso em nós e deve tornar-se um farol de misericórdia, amor e paz nos ambientes onde vivemos. Um farol que gostaríamos pudesse iluminar o mundo inteiro. Com o fogo do amor, queremos derreter o gelo das guerras.”
O papa observou que de onde estavam, no coração da Bulgária, era possível ver os lugares de culto de diferentes Igrejas e Confissões religiosas: “Santa Nedélia dos nossos irmãos ortodoxos, São José dos católicos, a sinagoga dos nossos irmãos mais velhos – os judeus –, a mesquita dos nossos irmãos muçulmanos e, perto, a igreja dos arménios”.
Que este lugar simbólico represente um testemunho de paz
O Santo Padre recordou que “durante séculos”, congregavam-se neste lugar os búlgaros de Sófia pertencentes a vários grupos culturais e religiosos, para se encontrar e dialogar.
“Que este lugar simbólico represente um testemunho de paz! Neste momento, as nossas vozes fundem-se e expressam, em uníssono, o desejo ardente da paz: que a paz se espalhe por toda a terra!”, anunciou.
“Que todos cooperem para a realização desta aspiração: os expoentes das religiões, da política, da cultura. Cada qual no lugar onde se encontra, desempenhando a tarefa que lhe cabe, pode dizer: «Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz». Com votos de que se realize este sonho do Papa São João XXIII: uma terra onde a paz seja de casa. Adotemos o seu desejo e, com a vida, digamos: Pacem in terris! Paz, na terra, a todos os homens amados pelo Senhor!”, concluiu Francisco.
