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24 fevereiro 2020

Em nome de Cristo, suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus

Tempo de leitura: 3 min
Mensagem do Papa para a Quaresma 2020
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Foi divulgada nesta segunda-feira, 24 de fevereiro, a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2020 inspirada na 2ª carta de São Paulo aos Coríntios: “Em nome de Cristo, suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus”.

A Quaresma é um tempo de 40 dias que tem início com a celebração da quarta-feira de Cinzas – este ano no próximo dia 26 – marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

Na mensagem, o Papa estende a todos os cristãos o convite feito aos jovens na Exortação apostólica Christus vivit: “Fixa os braços abertos de Cristo crucificado, deixa-te salvar sempre de novo”.

 “E quando te aproximares para confessar os teus pecados, crê firmemente na sua misericórdia que te liberta de toda a culpa. Contempla o seu sangue derramado pelo grande amor que te tem e deixa-te purificar por ele. Assim, poderás renascer sempre de novo”, escreveu Francisco.

Para o pontífice, a Páscoa de Jesus não é um acontecimento do passado: “pela força do Espírito Santo é sempre atual e permite-nos contemplar e tocar com fé a carne de Cristo em tantas pessoas que sofrem”.

No entanto, o Papa refere que a experiência da misericórdia só é possível “face a face” com o Senhor crucificado e ressuscitado, “que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim. Um diálogo coração a coração, de amigo a amigo”.

Francisco explica que colocar o Mistério pascal no centro da vida significa “sentir compaixão pelas chagas de Cristo crucificado” presentes nas “inúmeras vítimas inocentes das guerras, do abuso contra a vida desde a do nascituro até à do idoso, das variadas formas de violência, dos desastres ambientais, da iníqua distribuição dos bens da terra, do tráfico de seres humanos em todas as suas formas e da sede desenfreada de lucro, que é uma forma de idolatria”.

E no final da mensagem, o Santo Padre questiona o acúmulo de riqueza: “Também hoje é importante chamar os homens e mulheres de boa vontade à partilha dos seus bens com os mais necessitados através da esmola, como forma de participação pessoal na edificação dum mundo mais justo”.

“A partilha, na caridade, torna o homem mais humano; com a acumulação, corre o risco de embrutecer, fechado no seu egoísmo. Podemos e devemos ir mais além, considerando as dimensões estruturais da economia”, anunciou.

Francisco refere ainda que, por este motivo, convocou um encontro de jovens economistas, empreendedores e transformativos, com o objetivo de contribuir para delinear uma economia mais justa e inclusiva do que a atual – o encontro acontece na cidade de Assis entre os dias 26 e 28 de março.

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