Actualidades
17 junho 2019

Bispos africanos pedem desarmamento de pastores

Tempo de leitura: 2 min
Sacerdotes do Quénia, Uganda e Etiópia unidos no mesmo objetivo
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É preciso coordenar um desarmamento pacífico na tríplice fronteira entre o Quénia, Uganda e Etiópia, afirmam os bispos católicos. Suspeita-se que a comunidade dos pastores que vivem nesta região possuem 8 milhões de armas ilegais.

Neste triângulo fronteiriço vivem os Turkana e Pokot do Quénia, os Karimojong do Uganda, os Daasanach da Etiópia e os Toposa do Sudão do Sul.

Ao mesmo tempo, a região abriga o maior número de refugiados de África e contribui para a migração estrangeira forçada.

Recentemente, os conflitos têm-se intensificado e houve uma corrida para armar as comunidades, “causando um efeito desastroso”, refere o bispo queniano de Lodwar, Dom Dominic Kimengich.

“Há um ciclo de vinganças”, alerta o bispo, acrescentando que “um fuzil pode custar entre 200 e 300 dólares ou é trocado por uma ou duas vacas, facilitando o acesso às armas”.

Em maio, os líderes religiosos reuniram-se em Lodwar para uma conferência inter-diocesana e para debater sobre a paz transfronteiriça.

“Não vamos ficar em silencio. Estamos empenhados em ressaltar o sofrimento que as armas estão a causar no quotidiano do nosso povo”, anunciou o presidente da Conferência dos Bispos Católicos do Quénia (KCCB), Dom Virgílio Pante.

“O desarmamento tem que começar já! O desarmamento pacífico começa com a transformação do indivíduo, o desarmamento da mente e do coração. Isso pode ser feito num ambiente de confiança, colaboração e compromisso”, afirmou Dom Virgílio.

Neste sentido, os líderes espirituais propuseram que os governos regionais iniciassem um processo simultâneo de desarmamento nos três países.

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