Igreja
17 novembro 2019

Francisco denuncia situações de miséria

Tempo de leitura: 2 min
O Papa Francisco alerta na mensagem para o III Dia Mundial dos Pobres para a insustentabilidade do sistema que exclui a maior parte da humanidade.
Redacção
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Celebra-se no dia 17 de Novembro o III Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco. Na mensagem para este dia, com o título ‘A esperança dos pobres jamais se frustrará’, o Santo Padre sublinha que «os pobres não são números, que invocamos para nos vangloriarmos de obras e projectos. Os pobres são pessoas com quem nos temos de encontrar: são jovens e idosos sozinhos que se hão de convidar a entrar em casa para partilhar a refeição; homens, mulheres e crianças que esperam uma palavra amiga. Os pobres salvam-nos, porque nos permitem encontrar o rosto de Jesus Cristo».
No texto o papa denuncia as novas formas de escravidão a que estão submetidos milhões de homens, mulheres, jovens e crianças, nos dias de hoje. Menciona a existência de um “túnel” sem fim de miséria, em toda a humanidade, que exclui a maior parte da população mundial, gerando uma situação que será insustentável, a curto prazo.
«A condição de marginalização, em que vivem acabrunhadas milhões de pessoas, não poderá durar por muito tempo. O seu clamor aumenta e abraça a terra inteira», escreve o pontífice.
O texto denuncia as novas formas de escravidão a que estão submetidos milhões de homens, mulheres, jovens e crianças, nos dias de hoje. O papa evoca, em particular, «os milhões de migrantes vítimas de tantos interesses ocultos», as pessoas sem-abrigo e marginalizadas e os pobres que procuram, no lixo, algo com que se alimentar ou vestir.
 
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Dirigindo a sua atenção para as comunidades católicas, a mensagem recorda que a acção de Deus em favor dos pobres é uma constante na Bíblia. «O Deus que Jesus quis revelar é este: um Pai generoso, misericordioso, inexaurível na sua bondade e graça, que dá esperança sobretudo a quantos estão desiludidos e privados de futuro», sublinha.
Francisco afirma que os católicos têm de assumir a responsabilidade de dar «esperança aos pobres» e não apenas uma resposta assistencialista, promovendo uma «mudança de mentalidade para redescobrir o essencial».
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