Opinião
05 junho 2023

Combater a poluição plástica

Tempo de leitura: 4 min
Reforçar o pensamento de que a mudança começa em cada um de nós é um factor primordial para a redução do uso dos plásticos.
Célia Vilas Boas
Gestora de Equipa da BioRumo
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(© 123RF)

 

O Dia Mundial do Meio Ambiente tem sido, ao longo das últimas décadas, uma das maiores motivações para a sensibilização ambiental global e envolve todos os anos milhares de intervenientes que reúnem esforços no âmbito da acção ambiental. A campanha deste ano #CombataAPoluiçãoPlástica, promovida pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente e que assinala o 50.º aniversário do Dia Mundial do Meio Ambiente, procura sensibilizar para a problemática da poluição plástica.

Todos os anos são produzidos milhões de toneladas de plástico de uso único, que acabam no mar ou em aterros sanitários, tornando-se assim uma das maiores ameaças para o nosso planeta. Além desta realidade, existe também a problemática dos microplásticos, que estão presentes em acções tão comuns do nosso dia-a-dia através da cadeia alimentar, da água que bebemos e até do ar que respiramos. A presença destas micropartículas de plástico no quotidiano das pessoas representa uma séria ameaça para a saúde de cada indivíduo e, por isso, é urgente que cada um compreenda a responsabilidade que tem em cuidar do planeta.

Já estão a ser tomadas várias medidas, por parte das empresas e dos governos, para combater a poluição plástica. No entanto, está na hora de cada cidadão repensar a sua relação com o ambiente para que se possa tornar um agente de mudança.

O plástico está em todo o lado e pensar em deixar de o usar pode ser uma tarefa difícil para muitas pessoas. Mas é assustador pensar que um saco de plástico usado apenas por 15 minutos possa demorar cerca de 500 anos a desaparecer. Por isso, para reduzir o consumo de plásticos, é necessária uma mudança de mentalidade e de hábitos. Evitar os plásticos de uso único, usar sacos de tecidos ou reutilizáveis no supermercado, comprar produtos a granel em vez de embalados, reciclar, dar preferência a produtos de cosmética que não contenham microplásticos ou utilizar molas de madeira para estender a roupa são pequenas acções, de uma lista infindável de hábitos sustentáveis, que todos têm o dever de adoptar para o bem da nossa saúde e da preservação do meio ambiente. Paralelamente a estas acções de mudança, é fundamental que cada cidadão assuma o papel de promotor de consciencialização ambiental e partilhe com amigos e familiares a importância de reduzir o consumo de plásticos.

Por sua vez, o plástico que usamos tem de ser reciclado. Em Portugal, informa a Agência Portuguesa do Ambiente, 42% do plástico é reciclado, e com tendência a subir: entre 2011 e 2015 (últimos dados disponíveis), a reciclagem deste material, recolhido pela Sociedade Ponto Verde, cresceu de 74 mil para 145 mil toneladas. Estamos, pois, no bom caminho. E o que nos é pedido é que incrementemos a reciclagem.

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, é importante relembrar o impacto humano no planeta, para que cada vez mais seja adoptada uma postura consciente em relação à preservação dos nossos recursos naturais.

Reforçar o pensamento de que a mudança começa em cada um de nós é um factor primordial para a redução do uso de plásticos ou para que a sua utilização seja feita de forma cada vez mais sustentável. 

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