Sala de convívio
17 abril 2020

Parasitas

Tempo de leitura: 2 min
Já é conhecida a minha pequena obsessão por tudo quanto é sul-coreano.
Beatriz Guégués
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Pois bem, muito antes de se saber que o filme Parasitas ia ser nomeado para os Óscares (e arrecadar os mais importantes), já eu tinha ido ver o filme. Talvez eu nem seja muito cinéfila, mas posso dizer que foi o melhor filme que já vi.

Não vou contar tudo, obviamente - sobretudo agora que o filme está em reposição em muitas salas -, ou, pelo menos, não vou revelar o final. O filme é de ficção, sim, mas não apenas os cenários são reais, como a própria história, que é sobre uma família de quatro pessoas, pai (Ki-taek), mãe (Chung-sook) e dois filhos jovens adultos, um rapaz, Ki-woo, e uma rapariga, Ki-jeong, todos desempregados. Logo no início do filme, vemo-los na sua casa, uma semicave onde o wifi da vizinha de cima mal chega. Esses apartamentos em semicave, insalubres e tristes, chamam-se banjiha e são aos milhares em Seul, capital da Coreia do Sul. Segundo uma estatística já deste ano, 14,6% da população vive nesse tipo de habitação. Depois de um mero acaso e muitas mentiras e desonestidades, veem-se os quatro a trabalhar para uma jovem família rica, os Park, que vivem uma vida de sonho numa vivenda luminosa e superluxuosa, uma vida americanizada.

Sem dizer mais, posso adiantar que tudo acaba mal, há mortos e há infelicidade, mas também há esperança, ainda que ingénua.

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