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19 novembro 2019

Encontro pretende criar uma aliança pela Amazónia

Tempo de leitura: 2 min
O objetivo é travar a desflorestação e o extermínio da biodiversidade
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Está a decorrer na cidade de Altamira, no coração da Amazónia brasileira, o “Encontro das Vozes Amazónicas para o Mundo”, com a proposta de criar um espaço de diálogo e de resistência dos povos da floresta.

O objetivo é encontrar soluções para travar a desflorestação e o extermínio da biodiversidade.

Participam no encontro líderes da floresta, ativistas climáticos internacionais, cientistas do clima e da Terra para criar uma aliança pela Amazónia.

Na base dos debates estão os projetos que ameaçam a vida das populações na região. “Vivenciamos quotidianamente a perversidade dos impactos sociais e ambientais provocados pela instalação da usina de Belo Monte, a maior hidrelétrica da Amazónia (e uma das maiores do mundo), além da ameaça da instalação de mais um megaprojeto de destruição, a mineradora Belo Sun, na Volta Grande do Xingu”, destacam os organizadores.

Dom Erwin Krautler - Bispo Emérito do Xingu

Ao mesmo tempo, a “Comissão Pastoral da Terra”, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), está a denunciar a ameaça aos biomas da Amazónia e do Pantanal contida no Decreto 10.084, assinado no dia 5 de novembro. A decisão – que passa a permitir o cultivo de cana-de-açúcar para produção de etanol nos dois biomas – é apontada como mais uma das causas do aumento do açambarcamento de terras e das queimadas registadas no ano de 2019.

“A liberação do cultivo da cana-de-açúcar representa mais violência, morte e destruição para os povos e biomas atingidos e também deve contribuir para a redução das chuvas fornecidas por meio dos rios voadores, responsáveis por carregar humidade da Bacia Amazónica para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil”, lê-se na nota.

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