Dois indígenas do povo Guajajara foram assassinados a tiro no sábado, 7 de dezembro, próximo da aldeia de El Betel, na Terra Indígena Cana Brava, no município de Jenipapo dos Vieiras, no Maranhão.
No ataque morreram dois caciques: Firmino Prexede Guajajara, de 45 anos, da aldeia Silvino (TI Cana Brava), atingido por quatro disparos, e Raimundo Benício Guajajara, de 38 anos, da aldeia Decente, Terra Indígena Lagoa Comprida. Os líderes indígenas voltavam de uma reunião de articulação para defender os seus direitos.
“É esse crime de ódio que está em curso pelo Brasil, estimulado pelo discurso do governo, que aumenta o racismo e o ódio contra os indígenas”, disse Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
No mês de outubro, Paulo Paulino Guajajara, que trabalhava como guardião da floresta defendendo o território indígena contra a exploração ilegal, foi assassinado por madeireiros perto do local do novo crime contra os Guajajara.
“Até quando isso vai acontecer? Quem será o próximo? É preciso que as autoridades tenham um olhar atento para os povos indígenas, vidas estão sendo tiradas em nome do ódio e do preconceito! Nenhuma gota a mais de sangue indígena!”, declarou Sônia Guajajara.
