Os ataques no Níger enquadram-se na onda de violência que está a afectar o Sahel Central (Foto: UNICEF Niger/Tremeau)
«Tomei conhecimento com tristeza da notícia dos recentes ataques terroristas no Níger, que resultaram na morte de 137 pessoas. Rezamos pelas vítimas, por suas famílias e por toda a população, para que a violência que sofreram não as faça perder a confiança no caminho da democracia, da justiça e da paz», afirmou o papa, no final da audiência geral desta quarta-feira, 24 de Março, que foi transmitida por Internet a partir da biblioteca do Palácio Apostólico.
Na sequência do ataque de 15 de Março, o exército nigerino enviou reforços para a região de Tillabéri, junto à fronteira com o Mali e Burquina Faso, foco da intervenção de grupos jiadistas. Em 2019, a violência de grupos ligados ao Daesh e ao Boko Haram causou quatro mil mortes nestes três países, segundo dados das Nações Unidas.
Todavia, o Níger continua a enfrentar várias crises humanitárias prolongadas que foram agravadas pelos impactos da pandemia de covid-19.
De acordo com dados das Nações Unidas, cerca de 3,8 milhões de pessoas, incluindo dois milhões de crianças, precisam de assistência humanitária em todo o país.
