O cabo do medo
A obra, da autoria de Nuno Rogeiro, constitui-se como um apelo à informação e à verdade no que respeita à presença do Daesh naquele país. A permanência de grupos terroristas com ligações à Al-Qaeda e ao autoproclamado Estado Islâmico tem provocado o caos, a guerra e aumentado (ainda mais) a pobreza e a miséria em Cabo Delgado.
Na nota prévia da obra, o leitor é elucidado com alguns dados relativos aos primórdios da ameaça terrorista em alguns pontos de Moçambique. A própria ONU terá reconhecido a gravidade da situação, indicando que a ameaça era liderada pelo mais perigoso dos grupos. Na verdade, e perante a iminência desta terrível presença, Moçambique deixa de ser associado ao turismo e à incomparável beleza das suas paisagens, para se associar à ideia de terrorismo.
O autor destas páginas pretende salientar a urgência de se falar neste assunto sem medo, por forma a iniciar-se um caminho de encontro de soluções e de pacificação.
Nuno Rogeiro preocupa-se com a situação vivida em Cabo Delgado e deseja que nós, leitores, nos impliquemos também. A informação verdadeira torna-se a arma mais importante para combater a ameaça descrita na obra. Se todos nos tornarmos conscientes da existência deste problema, poderemos, eventualmente, contribuir para a sua resolução.
O leitor depara com alguns factos históricos que contribuíram para a situação caótica que ainda se vive. Sendo Cabo Delgado uma das províncias mais islamizadas, acaba por tornar-se, assim, um alvo mais apetecível para grupos de jovens radicais, que caracterizavam o Islão como uma forma de livrar esta província da injustiça social, da fome, das desigualdades, da corrupção e da debilidade de (quase) todos os serviços públicos. Perante este tipo de propaganda, estavam criadas as condições para angariar cada vez mais seguidores e iniciaram-se campanhas radicais contra escolas, empresas, políticos e forças de segurança pública. Os jovens islâmicos criariam, depois, campos de combate, de tiro e de guerra que incentivavam à violência, ao sacrifício e à carnificina.
Nuno Rogeiro alerta o leitor para a dificuldade em apontar todos os culpados desta guerra (quase) silenciosa e para a ramificação e propagação de outros responsáveis, sempre que alguns dos primeiros eram capturados.
Em conclusão, o autor prepara-nos, nestas páginas, um relato alucinante e profundamente sério sobre todo o processo de ocupação de algumas zonas de Moçambique por parte dos jiadistas, bem como uma análise das consequências desta “nova” forma de guerra. Sabemos que os ecos desta ocupação ainda se fazem sentir por todas as vidas que foram destruídas, adiadas, abreviadas. Sabemos, contudo, que a divulgação de informação (como a que nos é oferecida pelo autor desta obra) pode ser o início de alguma estabilidade e, posteriormente, de alguma paz.
Título: «O Cabo do Medo – O Daesh em Moçambique»
Autor: Nuno Rogeiro
Editor: Dom Quixote
www.leyaonline.com | Tel. 214 272 200
A crónica da expedição histórica Magalhães-Elcano (1519-1522), num relato feito pelo explorador e geógrafo da República de Veneza Antonio Pigafetta. A mais preciosa fonte de informação sobre a viagem de Fernão de Magalhães, escrita por quem não só o acompanhou em toda a aventura, como lhe sobreviveu para contar a história.
Título: «A Primeira Viagem em Redor do Mundo»
Autor: Antonio Pigafetta
Editora: Oficina do Livro
www.leya.com/pt | Tel. 214 272 200
A ligação da vida cristã com a verdadeira oração e o seu reflexo na vida. A necessidade, experiência de fé, dimensões e características e originalidade da oração cristã pelo director diocesano do Apostolado da Oração em Braga. Prefácio do bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro.
Título: «Oração e Vida»
Autor: António José Coelho
Editora: Editorial A.O.
Rua de S. Barnabé, 32
4710-309 BRAGA
Tel. 253 689 440
