A obra Uma Força de Cura Intemporal, de António Sílvio Couto, surge como uma reflexão sobre uma temática complexa e misteriosa, mas, ao mesmo tempo, profundamente interessante em contexto bíblico. Falamos da temática dos milagres. Num tempo em que o paganismo reinava e em que as curas eram atribuídas a diferentes causas, surge-nos Jesus, que vem ousar curar as pessoas no seu todo, operando milagres que vão para lá dos limites e das fundações do corpo.
No prefácio deste livro, da autoria de Frei Herculano Alves, o leitor compreende que mergulhará no Evangelho de S. Lucas, guiado por uma luz embrenhada de teoria, mas, também, por uma luz que só poderia vir da própria Palavra de Deus. O autor do prefácio lembra-nos que os milagres protagonizados por Jesus vieram «libertar-nos sobretudo das doenças espirituais», sendo que o Filho de Deus não se apresentou, nunca, como um vulgar curandeiro, mas como alguém que curava as pessoas no seu todo, não descurando nenhuma das suas dimensões humanas e/ou espirituais.
Conforme avançamos na leitura, compreendemos que o autor nos apresentará uma reflexão profunda e completa sobre alguns excertos bíblicos, não se reduzindo a um comentário explicativo sobre os mesmos, mas ousando espraiar o entendimento destas através de propostas de oração e, até, de sugestões pastorais. Tendo em conta as suas próprias palavras na introdução, revela-nos que esta obra não pode isolar-se da vivência pandémica que todos experimentámos nos últimos dois anos. Na verdade, não poderá falar-se de cura sem se contemplar a doença. Não poderemos reflectir sobre os milagres de Jesus se os isolarmos das doenças e dificuldades que atormentavam as pessoas da época em que palmilhou este mundo.
Tomemos como exemplo concreto uma das passagens bíblicas escolhidas pelo autor: a cura de um leproso. Além de explicar ao leitor o contexto deste episódio, o autor ilumina ainda uma verdade interessantíssima que envolve a mesma passagem: Jesus não vem apenas curar aquele leproso, mas vem, essencialmente, mudar a forma como as pessoas olhavam para o leproso. Jesus surge como aquele que vem revolucionar a saúde e a doença bem como a forma como as pessoas devem relacionar-se com as pessoas doentes.
Com verdadeira mestria, sabedoria e simplicidade, o autor faz-nos pensar nos nossos momentos de fraqueza mais particulares, nas vezes em que também nos sentimos doentes e nas (não tão poucas) vezes em que fomos curados pela misericórdia e pelo amor do próprio Deus.
Esta é uma obra que não se detém nos diferentes trechos bíblicos que analisa, mas que, na verdade, e principalmente, nos permite empreender uma reflexão espiritual muito própria, à luz das nossas próprias vivências e dificuldades.
Título: Uma Força de Cura Intemporal
Autor: António Sílvio Couto
Editora: Paulinas
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Livro de memórias do período da guerra em Angola (1961-1975), em que José Severino, conhecido por Pacaça e actual presidente da Associação Industrial de Angola, dá o seu olhar sobre as movimentações políticas em torno da luta pela libertação nacional e apontamentos pitorescos da vida em Benguela naquela época.
Título: Batalhas, Peripécias e Economia
Autor: José Severino
Editora: Guerra & Paz
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O biblista e teólogo protestante argentino Marcelo Figueroa, colunista na edição em espanhol do jornal do Vaticano L’Osservatore Romano, demonstra como as diferenças reconciliadas entre os cristãos se tornam um sinal de profecia e testemunho num mundo dilacerado por discórdias, divisões e tensões.
Título: As Diversidades Reconciliadas
Autor: Marcelo Figueroa
Editora: Paulinas
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